TRANSCENDER É NECESSÁRIO
- Henrique Pagnoncelli
- 1 de mar. de 2021
- 2 min de leitura

Prof. Henrique Pagnoncelli
Parapsicólogo clínico
Blumenau/SC
Gosto muito de uma frase de Pierre Teilhard de Chardin, que tentou construir uma visão integradora entre ciência e espiritualidade, ciência e fé: “Somos espíritos vivendo neste corpo”. Precisamos cuidar do corpo, morada do espírito. O corpo físico é visível. Nosso espírito é invisível. O invisível dá origem ao visível. Este é denso, pesado e material. Aquele é sutil, leve e imaterial.
Vivemos no mundo material, onde buscamos satisfazer nossas necessidades de sobrevivência: moradia, alimentação, vestuário. Nossas atividades estão centradas nesse foco. Cuidar do corpo é nosso lado mais autêntico.
A todo instante, o corpo nos dá recados por meio de sinais, sintomas, sentimentos, emoções, desejos e vontades. Trata-se da nossa subjetividade se manifestando objetivamente no corpo. Cuidando dele, pode-se ter qualidade de vida. Porém, ao se focar apenas nisso, nossa vida torna-se sem sentido. É necessário transcender o mundo da matéria, dar o próximo passo.
A vida passa a ter SENTIDO quando transcendemos essa realidade imediata e material. E quem faz essa ponte, o elo entre o invisível e o visível, é nossa consciência. Trata-se de um movimento harmônico entre mente e coração. A mente que elucida e o coração que efetiva. Efetividade e afetividade. Não se trata de negar ou desprezar nossa corporeidade e nossa materialidade, mas integrá-las à dimensão espiritual onde reside a fonte de nossa vida plena e próspera.
A transcendência dá sentido à nossa existência. A inteireza do ser, integrando estas quatro realidades — corpo, matéria, mente e espírito — é uma meta tangível na prática da meditação. Com a meditação, colocamos ordem no mundo interno. Consequentemente, essa ordem harmônica se manifestará no mundo externo. Está ao alcance de todos, basta destinar tempo para isso. O caminho do coração, além de dar sentido, no coloca no aqui e no agora. Portanto, despertemos, de coração para o momento presente!

Por Henrique Pagnoncelli
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