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A vida tem SENTIDO!

  • Foto do escritor: Henrique Pagnoncelli
    Henrique Pagnoncelli
  • 10 de set. de 2020
  • 3 min de leitura




Prof. Henrique Pagnoncelli

Parapsicólogo clínico

Blumenau/SC




Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio. E o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio é 10 de setembro.


A vida passa a ter sentido, direção, quando a pessoa se situa, tem visão. Na ausência desta, desespera-se. Impulsivamente, comete atos impensados, prejudicando-se ou prejudicando outrem. Eu coloco o suicídio nesse contexto. Deve-se sempre olhar a origem de uma ação dentro de um contexto, nunca de forma isolada. Não julgar quem decidiu pelo fim da própria existência. Quando há falta de visão, a pessoa não tem perspectivas, sua vida não tem sentido, não tem direção, há um desnorteamento; ou seja, ela está sem norte. Aí a vontade de morrer, de dar fim à vida. Ainda temos dificuldades de lidar com as incertezas da vida. Um dos sintomas da depressão é a vida sem graça. Essa é uma das principais causas de suicídios. A pessoa deseja se livrar de algo, muitas vezes nem ela sabe exatamente do quê. A angústia, a tristeza, a depressão, as culpas que se atribui, pressões externas (da família, da sociedade, da religião), mágoas, medos, solidão e/ou sofrimento oprimem esse ser humano a ponto de ele não ter forças para reagir e sair desse estado. Está emocionalmente fragilizado.

O comportamento suicida é uma realidade complexa, pois sempre há um sistema doente e que mata. Que razões ocultas sustentam um ato tão trágico? O suicida quer é se livrar de algo e se livra dele mesmo, sem olhar as consequências. Ele quer viver em paz, mas impensadamente empreende uma fuga inglória. Aceitar ajuda evita a precipitação cega para a morte. Graham Greene, jornalista e escritor britânico, disse: “Suicídio é, frequentemente, apenas um grito por ajuda que não foi ouvido a tempo”.


Ao aceitar ajuda, a pessoa desiste da ideia porque passa a ver a realidade de outro ponto de vista, amplia a visão, abre amplos horizontes, supera a crise. A vida é um valor inestimável. A vida vale a pena. Optar pela vida! Olhar para os desafios e superá-los nos deixa mais fortes. Há muitas opções para se buscar auxílio: Centro de Valorização da Vida (CVV), ajuda psiquiátrica, inúmeras abordagens psicoterapêuticas, psicologia pastoral nas igrejas...

Aqui, vale dar ênfase à transcendência. Esta é que dá sentido à nossa existência. Viemos do mundo espiritual para cumprir uma missão e evoluir juntamente com outros seres. Somos espíritos vivendo neste corpo e neste mundo. A partir do nosso nascimento, aterrissamos neste planeta. É um privilégio estar neste caminho evolutivo. Ocupados com a sobrevivência e seduzidos pelo conforto do lado material, distraímo-nos e abandonamos a vida espiritual. Ao cabo desse tempo, retornamos para casa do Pai.

A falta de visão faz com que a pessoa se desespere diante de desafios em que se envolveu. Ela cria uma realidade tão complexa, nem se dá conta de que ela mesma fez isso acontecer. Ao invés de solucionar, de resolver, cegamente decide sair de cena. Ao sair do palco da vida por sofrimento, tenta fugir desse sentimento em vez de olhar para ele e buscar suas causas e soluções. Portanto, tudo tem seu contexto onde se situam as causas disso: sistema familiar, relações de trabalho, convívio social desarmônico. É melhor e mais nobre resolver o que é possível por aqui. Do contrário, todos esses emaranhamentos vão para o outro lado da vida. E tem mais, os familiares e amigos que permanecem sofrem, formulando inúmeras questões, procurando entender tal acontecimento trágico.

Dessa maneira, buscar e aceitar ajuda humildemente reconecta-nos à fonte de vida da qual nos afastamos. Morrer antes de morrer não é morrer.




Por Henrique Pagnoncelli




 
 
 

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