Poda
- Henrique Pagnoncelli
- 1 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de ago. de 2020


Estamos no oitavo mês do ano. Número 8. É um arquétipo de realização material. O mês anterior, 7, julho, sintetiza a realização espiritual e o 8, agosto é a realização material. É a palavra ganhando forma. Dar forma aos projetos dormentes durante o período do inverno. E o 8 deitado é símbolo do infinito. Portanto, há uma infinidade de possibilidades. Na perspectiva da física moderna, o 7 pode ser a onda e o 8 a partícula. Ou seja, vivenciar o que idealizamos. É um salto quântico. É um momento de despertar para as realizações dos sonhos. Planejar e efetivar.
E, por falar em despertar, agosto é um mês para o despertar e para o renascer rumo ao novo. A natureza começa a reviver. Creio ser oportuno buscar um exemplo na natureza, da qual fazemos parte; aliás, somos Natureza.
Agosto é o mês em que se podam plantas — roseiras, videiras, figueiras, etc. — principalmente aqui no sul do Brasil.
Refiro-me agora, especificamente, à poda das videiras, das parreiras de uva. Por que são podadas?
A poda das parreiras melhora a qualidade das frutas e aumenta a produtividade de uvas. Se não acontecer a poda, há pouca produção e fica um emaranhado de ramas sugando a seiva. A poda é um processo de renovação. Renova o pé da videira. Tem mais um tempo de vida, pois a seiva vai para a brotação nova. Vida nova.
Da videira vem a uva, da uva vem o vinho e do vinho, uma bebida milenar, vêm momentos inesquecíveis. Celebram-se e comemoram-se vitórias.
Muitos produtores aguardam a lua minguante ou a nova de agosto para realizar as podas das videiras, quando a maior parte da seiva estaria na parte baixa da planta, principalmente nas raízes, evitando que a planta “chore” (perca seiva) e enfraqueça.
Por analogia, nós também precisamos podar os emaranhados das ramas das inúmeras crenças que nos impedem de prosperar, de materializar nossos projetos. A poda pode doer, nos faz derramar lágrimas, derramar a seiva do despertar para a renovação. Sair do inverno dormente rumo à realização da primavera. Renascer para uma vida próspera.

Por Henrique Pagnoncelli
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